Pós-vacina: Como lidar com esse novo futuro?

Recentemente ouvimos a notícia esperançosa de que foram aprovadas as vacinas contra o COVID-19. Muitos já comentam sobre seus novos planos pós-vacinação e a respeito do que chamam de retorno à normalidade.
Expectativas se multiplicam diante desse novo cenário, esperando que o mundo, como o conhecíamos, retroceda seu curso e consigamos então, seguir com maior previsibilidade.
Infelizmente, parece que essas expectativas estão longe de se tornarem realidade. Em meio a uma pandemia é preciso entender que estamos diante de um pacto coletivo.
Devemos não apenas nos vacinar – para a nossa proteção e a das pessoas das quais nos aproximamos – como também cultivar por um período ainda indeterminado todas às restrições a fim de evitar a transmissão de novos casos da doença.
A mudança não será imediata. De certo, em um país como o nosso de proporções continentais, como a liberação da vacina será gradual e levando-se em consideração o plano de distribuição da mesma, se faz necessário continuar controlando a propagação do vírus no intuito de diminuir a incidência de novos casos.

Possivelmente, ainda haverá um longo período antes de alterações significativas ocorrerem. Além disso, a própria fabricação das vacinas é muito recente e, portanto, não se tem ainda conhecimento sobre o impacto exato que elas terão na proteção contra o Corona vírus.
É possível inclusive que, apesar de estar resguardado, o vacinado ainda seja passível de se tornar vetor de contaminação.
E ainda não há a certeza sobre o período de efetividade da imunidade pós-vacina, nos levando a crer que talvez tenhamos que fazer reforços em determinados momentos.
Tudo é muito recente e está se desenvolvendo na medida em que seguimos vivenciando. Desse modo, os protocolos até então seguidos, de distanciamento social, uso de álcool gel e de máscaras não devem ser abandonados.
As mudanças devem ser acolhidas. Buscamos constantemente nos adaptar a algo que possivelmente perdurará. E que a lição seja aprendida: depois de um ano pandêmico, mais do que nunca, precisamos nos preservar.
Por Bruna Richter é graduada em Psicologia pelo IBMR e em Ciências Biológicas pela UFRJ, pós graduanda no curso de Psicologia Positiva e em Psicologia Clínica, ambas pela PUC.